
Bom, pessoal essa é a historia do verdadeiro descaso para com a saúde publica no Brasil. O que era para ser uma simples cirurgia de Apêndice tornou-se uma imensa bola de neve na vida da pequena Livia de apenas 7 anos e de todos ao seu redor. Os fatos contado a seguir é tudo real nada foi modificado.
LÍVIA FARIAS DE PAULA 27/05/2004 07 ANOS DE IDADE
Uma negligência no atendimento estacionou todas as atividades dela, tudo começou no dia 24 de dezembro de 2010, exatamente no feriado de natal, ela tomou café e muito bem, como sempre comeu, daqui há uns 20 minutos ela começou a reclamar de dores na barriga, e nesse dia ela ia viajar para o interior, pois o pai dela mora lá, e todo final de ano ela fica com ele, umas 16h a tia dela ia vir buscá-la para ver o pai, e ela se sentindo mal falava que queria vomitar, mais não conseguia, isso era um sábado, ela ficou na casa da tia, no domingo e na casa do pai dela ela chegou na segunda de madrugada, e ela vomitando o tempo todo e reclamando de dores na barriga, logo pela manhã já levaram no médico, no primeiro aliás e logo disse que era apenas uma virose e passou uns remédios pra ela e nada mais, ela voltou pra casa e continuou sentindo dores, eu aqui em São Paulo, super aflita, mais no dia seguinte a Lívia piorou e nada de melhoras com aqueles remédios, levaram-na novamente ao médico, e dessa vez foi uma doutora que falou “novamente” que era virose, nem se deu o trabalho de fazer algum exame para ter certeza se era virose mesmo, passou uma medicação na veia outros remédios pra tomar em casa e nada mais, e esses dois médicos foram em hospitais públicos porque lá não atendia o convênio dela.
Nesse mesmo dia eu liguei à-noite para o pai dela, querendo saber como ela estava, porque coração de mãe nunca se engana, eu sabia que ela não estava bem afinal ela não fica o dia todo deitada, então perguntei o estado dela e ele disse que ela estava tomando os remédios e nada de melhora, fiquei um pouco nervosa por esse motivo e no mesmo instante ele falou que viria trazer ela pra casa de volta, naquela mesma hora.
Ela chegou umas 7:00h da manhã da quarta aqui em São Paulo, quando olhei pra ela, ela não tinha cor nos lábios, logo me arrumei e levei-a ao médico novamente, dessa vez passou no convênio Itálica, que a avó dela paga e de bom não tem nada, passei ela com o pediatra Sebastião, que também sua esposa é pediatra Dª Iana, os dois examinaram ela, no pronto socorro infantil do Montreal, em Osasco, fez exame de sangue tirou chapa e tomou Plazil, que para o vômito, ficamos lá quase o dia todo, a Lívia dormiu um pouco lá, tomando esse remédio na veia, o resultado do exame demorou umas quatro horas pra sair, quando saiu fui na Pediatra mostrar o resultado, ela foleou o exame pra lá e pra cá, olhou a chapa, e não falava nada, eu perguntei e aí, Doutora o que a minha filha tem?
Ahhhh !! mãe é uma simples virose, eu falei não acredito, como é virose ?? Se ela nem consegue comer nada e essa barriga dela inchada?? Nunca vi virose que incha a barriga !!! Ela falou ahh, é porque ataca o intistino mesmo, aí pegou o receituário e passou Bactrim, um sorinho de fazer em casa e paracetamol se desse febre e me mandou embora.
Resumindo a história minha filha ficou em casa tomando esses remédios uns quatro dias, quando foi no dia 1 de janeiro de 2011, ela acordou pela manhã aos prantos, de dor e nem o pé no chão conseguia tocar, logo gritei, minha irmã e ela ligou pra outra vir correndo, e fomos novamente ao médico, dessa vez era a Pediatra Dª. Rosário, ela quando colocou as mãos na Lívia, logo detectou o que ela tinha, e disse: ELA ESTÁ COM A APENDICITE ESTOURADA, E HÁ MUITOS DIAS, imagine na hora meu chão se abriu, comecei a chorar e ela mandou preparar os papéis para internação, e falou que ela precisava urgentemente ser operada, passou um remédio na veia para aliviar a dor dela, e já pediu a transferência, ou seja, ficamos o dia todo esperando essa ambulância, chegamos lá era 10:00H do dia, saímos de lá umas 17:00h, e ela foi transferida para Itaquera, para o Hospital Santo Expedito quase que atravessando a cidade de São Paulo inteira, para chegar lá e esperar o resto do dia inteiro e a noite, sem falar no atendimento péssimo que ela teve, toda hora eu saia do quarto para perguntar se não tinha médico para atender , aí apareceu um médico chamado Dermeval, todo ignorante falando que não ia atender minha filha de jeito nenhum e eu falei porque não vai atender, isso já era MEIA NOITE, e a minha filha se roendo de dor, só tomava soro na veia, a barriga dela estava tão dura de inchada que parecia uma grávida, nem conseguia se mexer na cama, e aqueles médicos e enfermeiros nem ligava pra dor dela, nessa conversa com o médico, ligou o Doutor Cirugião do Hospital e perguntou dela, e mandou fazer uma lavagem nela, porque não conseguia ir ao banheiro fazer nada, coitada , nem conseguia mesmo de tanta dor.
No outro dia as 7:00 da manhã o Dr. Turqueto apareceu mais uma enfermeira que tocou a barriga dela e disse que ela estava com gazes e mandou ela andar, tadinha morrendo de dor, nem aguentava. Era um pior que o outro !!!!!
O médico examinou ela e pediu para que eu aguardasse uns 10m, para falar com ele, ele veio e disse que ia levá-la para a mesa de cirurgia porque tinha que abri-la com urgência, dentro de 5minutos foi as últimas palavras que ouvi da minha filha. TCHAU MÃE !!! BEIJOSSS !!!!
Quando abriu ela estava cheia de pus por dentro e fezes misturada, e já com infecção generalizada, quando limparam ela e foram fechá-la, deu uma parada cardiorespiratória de 5 minutos, automaticamente foi para a UTI, porém esse hospital não tinha nenhum aparato pediátrico e nem os médicos estavam acostumado a tratar de criança na UTI, pór isso que trataram minha filha tão mal, pois só haviam pacientes adultos, no dia seguinte ela foi transferida para Santa Casa de Santo Amaro, super mal, mais era preciso.
Ficou um mês, em coma induzido na UTI pediátrica , para que tratassem dela melhor, e todos os dias eu estava lá, cada passo da recuperação dela eu estava acompanhando, foi quando pude ouvir da boca dos médicos que minha filha provavelmente iria acordar do coma com sequelas, o chão abriu pra mim, porque não queria aceitar isso, e ainda acrescentou que minha filha nunca mais voltaria a estudar, qual a mãe que aguenta ouvir uma coisa dessa??? Terrível, mais tinha que aguentar afinal eu era a mãe e tinha que estar forte para cuidar dela quando saísse dali, com o passar dos dias ela foi apresentando sequelas, quase que perdeu a língua de tanto morder, porque a parada que ela sofreu afetou alguns neurônios dela, que são responsável pelos movimentos do corpo ou até mesmo a visão, mais não sabíamos qual sequela seria exatamente, só aguardávamos ela sair do coma.
Ficou lá dois meses, internada , esse foi o melhor hospital que trataram dela, não tinha nada que acontecesse com ela pra eles não me explicar , todos os médicos foram ótimos, no final de fevereiro, ela teve alta, saiu de lá com sonda no nariz para se alimentar e com traqueostomia para respirar, com uma promessa de ser tratada em casa pelo convênio, como Home Care, até hoje só tenho problemas com esse convênio, não me dão nada, a culpa da Lívia está assim hoje, é totalmente deles, agora ela está sem a sonda, porque fo ela mesmo quem tirou, e já foi cobrado várias vezes pra virem diminuir o tamanho da traqueostomia dela e até agora não vieram.
O remédio dela, eles não dão ela toma duas vezes ao dia Baclofeno de 10mg, Fenobarbital de 100mg, e Neuleptil 4 gotas, as fraldas geriátricas tamanho P, também tenho que comprar, sem contar na alimentação dela que é tudo fresquinho com frutas verduras e legumes, nada de conservantes, é um gasto e tanto, não tem dinheiro que dê.
No momento estou desempregada, e separada, e tenho a ajuda do pai dela que mora no interior como já disse no início e é muito longe , gasta umas 6 horas de viagem sem contar no gasto que ele tem também pra vir, todo mês, a pensão que ele paga é a única fonte de dinheiro que tenho, independente da situação ele sempre manda a pensão dela, trabalha em uma usina com bastante dificuldade porque é muito longe, e o transporte lá é precário, mais é o que ele tem, graças a Deus.
E preciso de ajuda pois quero processar o convênio, porque se não houvesse essa demora pra atender ela, não estaria assim.
E como podem ver eu não tenho condições de pagar um advogado, PRECISO DE AJUDA!!!!
Delma Santos Farias de Paula /33 anos / 01/06/78
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